quarta-feira, 26 de maio de 2010

Põe no varal a tristeza encharcada. É o sol suspenso em sustenido maior, atingindo outra melodia. Secando o que já começava mofar. Acredita sempre quando pede com muita força que o que há de vir seja doce. Pensa no Caio, e repete sete vezes. Cerra os lábios pra não trincar o silêncio tão senhor das boas intenções. Dias percorridos com passos de quem aprendeu com o tempo acreditar que morre-se um pouco por dia só pra salvar aquilo que se acredita. Confia, Francisco de Assis não abandona os que buscam pela paz. E vive mais. Colocou nas mãos da mãe do céu, um pedido. Fechou os olhos para entregar o amor que carrega sem peso. A alma pede espaço pra crescer numa voz que ouve durante a noite. Que comentário faria Chico sobre isso? Vai deixar o pensamento ganhar forma e o amor tomar tamanho sem precisão de medidas. Foi num abraço que recebeu outro coração. Cravado no peito. Percebe que todo gesto é semente. Deixa então se multiplicar. A lua ontem tinha forma de sorriso, era pra ela. Hoje é que foi entender porque.

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