domingo, 9 de maio de 2010

Eu preciso aprender a ser menos.
Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada.
Alguém já desejou isso na vida: ser menos?
Pois é. Estranho. Mas eu preciso.

Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma.
Porque eu preciso. E preciso muito...

Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar.

Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó.
Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda.
Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama.

E eu vou! Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou... Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora.

Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento?
Quer saber? Existe.
Existe e eu preciso.
Preciso e não quero.
Não quero.

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