quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Mergulhei nos braços dele da mesma forma que um artista de circo de desenho animado mergulha de uma plataforma altíssima dentro de um pequeno como d'água, desaparecendo por completo. Eu me agarrei a ele para fugir do meu antigo relacionamento como se ele fosse o último helicóptero saindo de Saigon. Depositei nele toda a minha esperança de salvação e felicidade. E sim, eu o amei. Mas, se eu conseguisse pensar em uma palavra mais forte do que "desesperadamente" para descrever o modo como o amei, usaria essa palavra aqui, e um amor desesperado é sempre o tipo mais difícil de amor. Na primeira vez em que minha melhor amiga me ouviu falar dele, bastou uma olhada no forte rubor em meu rosto para ela me dizer: "Ai, meu Deus, baby, como você está ferrada."


No amor desesperado é sempre assim, não é? No amor desesperado, nós sempre inventamos os personagens dos nossos parceiros, exigindo que eles sejam o que precisamos que sejam, e depois ficando arrasados quando eles se recusam a desempenhar o papel que nós mesmos criamos.


Ele era ao mesmo tempo, meu ímã e minha criptonita...


Porém agora, eu estou tentando viver sozinha. E essa experiência está provocando o início de uma mudança interna. Estou começando a sentir que - embora minha vida ainda pareça um acidente com vários veículos em alguma estrada movimentada durante um feriado nacional - estou prestes a me tornar uma pessoa capaz de administrar a si mesma.
(E.G.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário