segunda-feira, 8 de junho de 2009

Há dois dias eu choro. Dessa tristeza calma, mas tão profunda que fica lá, latente. Há dois dias, dois anos inteiros de ausências irreparáveis me pesam no coração. E, por enquanto, nada mais existe depois do que eu perdi há dois dias. A gente às vezes pensa que já deu o grande passo, antes de ter dado de verdade. E aí vem a surpresa amarga que derruba: lá estamos nós, ainda - sem estar. Há dois dias a força se perdeu em fragilidade absoluta. Desprotegida de um abandono sem cura, choro. Há dois dias eu choro como jamais imaginei, depois de tanto tempo. Porque depois de tanto tempo, ainda insisto em te ofereçer aquilo que você não quer. E, há dois dias, pra mim não houve noite. Há dois dias. E toda noite...
(M.E.)

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